Quem tem o costume de ler os encartes e créditos dos CDs de música brasileira já deve estar familiarizado com o nome do pianista Tomás Improtaem dezenas de trabalhos. Mas além das habituais funções de músico e arranjador, Tomás também é compositor e mostra duas músicas suas em “Olha pro céu”, seu décimo disco solo – uma discografia iniciada em 1991.
Com quase 50 anos de carreira, Tomás lança um disco quase inteiro de piano solo. Nas sete músicas conta com participações em apenas duas: o baixo acústico de Tony Botelho em “Silvestre: Nascente do Rio Carioca” e o violão do filho Gabriel Improta em “I concentrate on you”, de Cole Porter.
Improta assina a já citada “Silvestre” e “Karen B.”, que fecha o álbum. O álbum traz Tom Jobim (“Olha pro céu”), Ary Barroso (“Risque”), Villa Lobos (“Poema singelo”) e a parceria de Edu Lobo e Torquato Neto (“Pra dizer adeus”).
Delicado, “Olha pro céu” faz um contraponto ao álbum anterior do músico, que passeia por estilose timbres variados – incluindo eletrônicos – e uma chamada geral de quase 20 músicos envolvidos. Agora é a intimidade na relação do artista e seu instrumento.