Viva a banda-da-da”! Caetano Veloso é ainda mais tropicalista nas releituras fora da ordem de Maria Alcina. A cantora mineira põe plumas, paetês e guitarras roqueiras no repertório do baiano no CD “Espírito de tudo”. O álbum luxuoso tem direção musical impecável de Rovilson Pascoal e produção de Thiago Marques Luiz para seu selo Nova Estação em parceria com a Gravadora Eldorado.
A mais doce bárbara com amor no coração, Maria Alcina põe todo seu delicioso desconforto em dez composições de Caetano (é pouco, Alcina!). A seleção vai desde os anos 60 (“Tropicália” e “A voz do morto”, composto para Aracy de Almeida) até a recente fase roqueira com a Banda C (“A cor amarela” e “Rocks”). Maria Alcina não vai por caminho fácil dos hits mas não evita músicas bem marcantes como “Língua” e “O estrangeiro”.
“E deixa que diga, que pensem, que falem”. A esquisitice de um Caetano encontra no exotismo de Alcina uma ótima intérprete. Não é para ser comportado. Tá tudo em ordem, já que está tudo fora de ordem. “Viva Maria, ia, ia