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Alberto Continentino faz bossa espacial

Baixista presente na ficha técnica de diversos discos e presença em grandes palcos na última década, Alberto Continentino estreia em seu primeiro trabalho próprio. Não é apenas um disco de grande músico, mas um trabalho de artista. Canções, melodias ricas e boas letras que se encontra em Ao som dos planetas, lançamento independente com distribuição da Tratore.

O álbum é forte em parcerias bem próximas. A produção é dividida entre Continentino e Kassin, com quem assina trabalhos com outros artistas. As vozes discretas que dão vida para as letras ficam a cargo do próprio Alberto e de sua mulher, Vivian Miller – que na época estava grávida do primeiro filho do casal, formando um trio familiar. O dueto é delicado e afetivo, com cores de bossa nova espacial. As melodias são cinematográficas: produção vintage com discretos mas essenciais efeitos especiais.

As composições Alberto também divide com sua turma. Assina parcerias com Moreno Veloso (Tic tac), Domenino Lancellotti (Sistema de somTudo e Náufrago), além de Vivian e Mark Lambert em A summer’s day. Sozinho compôs Sessão da tardeHora do lanchinhoLa bela donna del primo pianoFrenetiquinhaDouble dip e Coragem.

O nome de Alberto Continentino figura em bandas e discos de artistas como Adriana Calcanhotto, João Donato, Marcos Valle, Edu Lobo entre outros, além de inúmeras colaborações com seus contemporâneos da cena carioca. Presença importante na produção alheia, seu próprio trabalho impressiona pela personalidade, pelo desenvolvimento de um conceito fechado e maduro.

Experimentando em estúdio ao lado de parceiros (a ficha do disco revela participações de grandes músicos e produtores), Alberto Continentino conta sua história Ao som dos planetas em onze músicas que foram um disco rico, agradável e surpreendente.

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