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Nova série de Chiado Podcast traz Fátima Guedes, Joyce Moreno e Sueli Costa

Costurar e documentar relevâncias da música brasileira em um ambiente informal e informativo: esta é a ideia central do CHIADO PODCAST, dedicado a dar voz a seus fundamentais criadores, músicos, letristas da nossa recente história musical.

O projeto “GRÃO – A VOZ DA MULHER NA COMPOSIÇÃO BRASILEIRA” apresenta uma série de episódios de podcast com três nomes fundamentais do cancioneiro contemporâneo: SUELI COSTA, JOYCE MORENO e FATIMA GUEDES. Não bastasse a importância, solidez, riqueza, pluralidade e beleza de suas obras, elas – artistas e obras – tornam-se ainda mais fundamentais pelo fato de terem iniciado o ofício na década de 1960, em um meio predominantemente masculino. Neste ambiente no qual eram raras as presenças femininas, independente de seu talento reconhecido, o nome dessas três artistas despontou na cena musical e as conversas trazem parte dessa história. A série “Grão” apresenta três entrevistas/conversas, uma com cada artista, de cerca de 60 minutos cada.

A série “GRÃO” joga luz sobre o trabalho feminino na composição. Conta um pouco da história dessas compositoras, aborda a criação de algumas canções, curiosidades e parte da trajetória artística dessas artistas brasileiras nascidas entre as décadas de 1940/1950. São autoras de centenas de célebres canções, gravadas pelos maiores intérpretes brasileiros, como Elis Regina, Maria Bethânia, Simone, Gal Costa, Nana Caymmi, Milton Nascimento, Fafá de Belém, Ivan Lins, Zizi Possi, Cauby Peixoto e muitos outros.

As conversas foram gravadas entre maio e junho de 2022 e, a partir de novembro são disponibilizadas em três episódios que vão ao ar pelo Chiado Podcast, disponível gratuitamente nas principais plataformas de podcast. A série traz também playlists especiais que podem ser acessadas sem custo, pelo Spotify.

SOBRE O CHIADO PODCAST – O Chiado Podcast nasceu em março de 2020, durante o isolamento impulsionado pela pandemia do coronavírus. Neste momento em que profissionais de diferentes partes da cadeia produtora de arte/cultura encontravam-se especialmente isolados economicamente e, em contraditório paralelo, fizeram-se essenciais, através daquilo que produzem, para que a população em estado de confinamento atravessasse esse período com mais leveza e serenidade. Foi pensando nisso que a jornalista e produtora cultural Flávia Souza Lima, com mais de 25 anos dedicados a vivências e produções na área musical, especialmente da chamada “MPB”, criou o podcast que tem produção, roteiro e apresentação seus, e segue registrando e documentando parte da trajetória artística, sobretudo musical e poética de seus entrevistados. Já passaram pelo Chiado nomes como Joyce Moreno, Carlos Lyra, Dori Caymmi, Roberno Menescal, Marcos Valle, Mônica Salmaso, Ná Ozzetti, Zé Renato, Jussara Silveira, Zé Renato, Olivia Hime, Rosa Passos e outros. Podcasts, para quem não está familiarizado com o termo, são arquivos de áudio, disponibilizados gratuitamente em plataformas de streaming, que podem ser acessados através de dispositivos que tenham acesso a internet, como smartphones, tablets e computadores.

SOBRE A SÉRIE GRÃO – Voz de mulher. Para muito além do que pode ser (ou estar) contido na expressão “lugar de fala”, a série “Grão – a voz da mulher na composição brasileira”, foi desenvolvida para registrar uma pequena parte da história de três fundamentais compositoras da história contemporânea da música brasileira. Nascidas entre as décadas de 1940 e 1950, Sueli Costa, Joyce Moreno e Fatima Guedes compõem (com trocadilho) uma história de excelência nas músicas do Brasil e do mundo. Não apenas pela solidez, multiplicidade e beleza de suas obras, não apenas pelas gloriosas vozes ou fenomenais músicos que seguem interpretando suas canções. Sobretudo, pela digital luminosa de suas criações. Pela semeadura que fazem, pela colheita que proporcionam.

EPISÓDIO 1
FATIMA GUEDES puxa o cordão da série “Grão – a voz da mulher na composição brasileira”. O primeiro de três episódios desta série que destaca algumas das fundamentais sementes da canção brasileira a partir da segunda metade do Século XX.
Música e letra, são dela preciosidades como “Condenados”, “Faca”, “Onze fitas”, “Cheiro de mato”, “Mais uma boca”, “Desacostumei de carinho” e um rosário de outras belezas. Superlativos são comuns diante da excelência da sua obra, esculpida desde que ela descobriu em si a capacidade de gerar canções, e isso foi nos 15 anos. Música e letra num desenho que é grão de fundamental nutrição para a música popular brasileira. E é também semente, que germina há mais de quatro décadas, obras indissociáveis da trajetória de grandes intérpretes do nosso cancioneiro, sendo ela própria uma delas.
Sendo mulher, desde sempre deu voz ao universo feminino, com um olhar aguçado, sensível e apaixonado sobre tudo o que escolheu como _matéria para a sua música. Da paixão ardente à crítica social, da observação da natureza ao desejo, do cotidiano ao etéreo, da frustração amorosa à plena realização. Seus primeiros discos, lançados entre 1979 e 1981 poderiam ser considerados um tríptico, que ela pintou com luminosos lápis de cor. A conversa gira sobre alguns desses icônicos desenhos musicais.

EPISÓDIO 2
O segundo episódio da série “Grão – a voz da mulher na composição brasileira”, traz Joyce, a morena de Copacabana, a Moreno do mundo.
Pedra de fundamental importância para a canção feminina contemporânea, letrista primorosa, escritora afiada, tem uma memória privilegiada e um senso de humor ímpar. Esse amálgama, essa mulher, esse porto de chegar é Joyce Moreno.
Como a palavra e o som, como a moça e o violão, como a letra e a canção, como a música e o refrão, como Clara e Ana e quem mais chegar, como o Rio e a bossa nova, como o maestro e o poeta, como João e a respiração, como a paisagem e o cartão postal, como um quadro em movimento, como coisa que completa.
O nome de Joyce, a morena de Copacabana e hoje a Moreno do mundo, está impresso na história da música brasileira desde o final dos anos 1960, quando ela começa a escrever canções na primeira pessoa do feminino singular o que para ela, assim como a bossa nova, sempre foi muito natural.
Essa luminosa carioca, autora de brasileiras canções do mundo, parceira de incríveis poetas, letristas, músicos. Compositora gravada por icônicos intérpretes, violonista de mão cheia, cantora rara, enfim, uma artista de densas belezas.

EPISÓDIO 3
SUELI CORRÊA COSTA: o terceiro e último episódio da série “Grão – a voz da mulher na composição brasileira” traz essa autora gravadas por grandes vozes do Brasil. Esse farol, que nos ilumina e embriaga desde sempre.
Amor é outra liberdade e ela sabe disso muito bem. Essa carioca de alma mineira esculpiu ao piano (ou ao violão) as mais preciosas canções ao lado de parceiros como Vitor Martins, Tite de Lemos, Cacaso, Paulo Cesar Pinheiro e Abel Silva. Algumas de suas obras são absolutamente indissociáveis da voz de intérpretes estreladas, como Nara Leão, Elis Regina, Maria Bethânia, Simone e Nana Caymmi.
Trata-se da compositora de “Jura Secreta”, “Coração Ateu”, “Cão sem dono”, “Amor amor”, “Medo de amar n. 2”, “Cordilheiras”, “Vento Nordeste”, “Face a Face”, “Demoníaca”, “Aldebarã”, “20 anos blues” e centenas de outras.

 

 

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