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Joyce Moreno canta o Rio

Joyce Moreno na essência: voz, violão e ritmo com cadência carioca. Assim é o CD Rio, que a cantora e compositora lança no Brasil pela gravadora Biscoito Fino.

E era Copacabana, Ipanema, Leblon. Filha da bossa nova, criada nas areias da zona sul carioca, Joyce hoje é representante da fina música brasileira. Como de costume o álbum Rio foi lançado antes na Europa e no Japão. Mas chega ao Brasil justo na hora de comemorar os 450 anos da cidade que ele abraça e homenageia.

No disco apenas a voz e o violão de Joyce Moreno, o que não é pouco. Com seu balanço especial e único, Joyce recria paisagens cariocas como Manhã no Posto 6 (Armando Cavalcanti), Valsa de uma cidade (Ismael Neto e Antônio Maria), Samba do carioca (Carlos Lyra e Vinicius de Moraes) e O mar (Tom Jobim e Billy Blanco). Da própria obra fotografa sua Tardes cariocas juntando com a versão em inglês See you in Rio, apresentada ao mundo no LP Music inside. Ela também assina a nova Puro ouro e retoma Rio meu, sua primeira composição. “Já falando do meu amor por essa cidade”, comemora no texto que apresenta o álbum.

Rio é um disco de samba com alma carioca. Mostra a que veio logo na primeira faixa, Adeus, América (Haroldo Barbosa e Geraldo Jaques). Nessa onda informal junta a São Paulo de Adoniran Barbosa com As mariposas e a Vila Isabel de Noel Rosa em Com que roupa, passa pelos baianos Caetano e Gil em Desde que o samba é samba e volta ao paraense Billy Blanco em Viva meu samba.

O álbum nasceu em uma apresentação num fim de tarde na Praia de Ipanema. E é com esse mesmo clima de luau chique, cenário de cartão postal, e a música essencial de Joyce Moreno, que as belezas do Rio viajam o mundo fora dos noticiários.

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