Jussara Silveira traz Minas e Bahia em sua voz. Em seu novo álbum a cantora visita o Clube da Esquina relendo parcerias de Beto Guedes e Ronaldo Bastos. Em Pedras que rolam, objetos luminosos, lançado pela gravadora Dubas, Jussara traz para sua voz dez composições da dupla.
O repertório – claro – inclui os grandes clássicos da dupla como Lumiar, Sol de primavera, Amor de índio e O sal da Terra. Também pesca belezas como O amor não precisa razão, Tanto, Rio doce, A página do relâmpago elétrico, Pedras rolando e Choveu.
Pérolas pop criadas entre as décadas de 70 e 80 ganham roupagem contemporânea. Jussara é dos raros casos de intérprete que com o tempo estabeleceu uma linguagem musical em sua obra. Nesse álbum, com produção dividida entre Marcelo Costa e Sacha Amback (que também assina os arranjos), traz para seu canto as músicas sem precisar desviar dos registros originais.
Jussara nasceu em Minas e se criou na Bahia. Sua voz começou a ser mais ouvida em um disco em que cantada lindamente o repertório de Caymmi – e ganhou logo louváveis comparações com a Gal da década de 70.
Agora faz o caminho de volta para as montanhas mineiras. Jussara escreve seu nome como sócia do Clube da Esquina em um disco que soma belezas a essa obra tão rica e tão própria dessa turma – repertório que por mais que passe o tempo e ganhe novas versões não cansa, não esgota. A assinatura está no DNA dessas canções, que ganham tempero na voz de Jussara Silveira.