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Mangueira ganha homenagem

“Chegou, a Mangueira chegou”. A Escola de Samba, que em fevereiro leva para a Avenida os 50 anos de carreira de Maria Bethânia, ganha homenagem no álbum duplo Sambas para a Mangueira. Parceria do importante Centro Cultural Cartola com a Biscoito Fino, o disco tem assinatura de Rildo Hora na produção e soma trinta gravações inéditas.

A lista de mestres do samba que vestiram verde-e-rosa para homenagear a escola é de primeira: Cartola, Nelson Cavaquinho, Nelson Sargento, Moacyr Luz, Chico Buarque e Assis Valente entre outros. Mais do que uma Escola de Samba, a Mangueira é patrimônio do carnaval, faz parte da identidade carioca. Até mesmo bambas clássicos de outras vizinhanças se rendem e prestam homenagens: Paulinho da Viola vem da Portela e Noel Rosa que chega de Vila Isabel.

Coube a Beth Carvalho a honra de abrir os trabalhos e começar o primeiro disco com a histórica Chega de demanda, de Cartola, samba que marca o nascimento da escola. Abrindo a série de trinta músicas selecionadas, o autor está nas cinco primeiras faixas com músicas que não necessariamente figuram entre seus tradicionais grandes clássicos: Sala de recepção aparece com Sandra Portella, Todo o tempo que eu viver é defendida por Tantinho, Verde que te quero rosa ganha brilho de Alcione e Silenciar Mangueira não marca o encontro de Monarco e Dudu Nobre.

O time de intérpretes é amplo e também comprova o respeito irrestrito pela Mangueira. Da ala de compositores da escola, Leci Brandão aparece com o clássico Folhas secas. Presidente de honra Nelson Sargento defende sua Mangueira, divina e maravilhosa. Mas também aparecem na lista Martinho da Vila com Mangueirense feliz e a portelense Teresa Cristina com Exaltação à Mangueira. Da turma mais jovem, sambistas que circulam pela noite da Lapa, vem nomes como os de Nilze Carvalho (Barraco mais pobre), Ana Costa (Fala Mangueira) e Leo Russo (Lá em Mangueira). De outra avenida vem Leny Andrade com Estação derradeira.

A produção de Rildo Hora garante a elegância e competência desse desfile de grandes sambas. Tanta informação, tantas homenagens resumidas em trinta músicas montam uma festa de sambas nobres festejando o carnaval carioca. “Abram alas para a Mangueira passar”.

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