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O Grande Encontro festeja vinte anos

Alceu Valença, Elba Ramalho e Geraldo Azevedo estão juntos no mesmo palco mais uma vez. Comemorando vinte anos do bem sucedido projeto O Grande Encontro, estrearam um novo show em setembro. Sintonia e intimidade no palco – o registro já foi feito menos de um mês depois. No final de dezembro a Sony Music lançou em DVD, CD e kit O Grande Encontro 20 anos.

Alceu Valença, Elba Ramalho e Geraldo Azevedo estão juntos há cerca de 40 anos. E essa história inclui Zé Ramalho, presente na primeira edição mas que agora preferiu se dedicar a outros projetos. As carreiras se cruzam, o repertório se abraça. Cada um com sua personalidade e força própria, mas sempre dialogando. Alceu e Geraldo estrearam em disco juntos, em 1972. Elba, ao longo da carreira, se firmou como intérprete principal da obra dos colegas compositores. Histórias e amizade se encontram algumas vezes mais próximas, outras nem tanto. Agora juntos de novo. Uma dinâmica de família, laços estreitos.

O registro pega os artistas na maturidade em plena forma. Elba Ramalho está cantando melhor que nunca – e isso fica claro quando retoma Canta coração, que abriu seu primeiro disco – sem falar na interpretação visceral de Sangrando. Da estreia de Alceu e Geraldo volta Me dá um beijo, em novo arranjo, com cara de música nova. O início de carreira dos dois também é lembrado em Papagaio do futuro, que apresentaram ao lado de Jackson do Pandeiro no FIC em 72.

Com direção artística de André Brasileiro, o show tem dinâmica que valoriza os encontros. Os três estão juntos no início e no final: de Anunciação e Caravana até Banho de cheiro e Frevo mulher. Ao longo do roteiro incluem duetos especialíssimos e solos no repertório repleto de clássicos para cantar junto. O que acontece até mesmo na inédita Ciranda da traição, já no set final. Ao contrário do show original – em formato acústico – agora O Grande Encontro conta com uma banda que dá peso para a festa.

O show flui com naturalidade. Com pouco mais de duas horas de DVD fica a certeza de que o repertório compartilhado entre Alceu, Geraldo e Elba tem fôlego para muito mais. Pelo menos para os próximos vinte anos.

 

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