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Ordinarius faz roda de choro à capela

O sexteto vocal Ordinarius chega ao segundo disco com o delicioso Rio de choro. Lançamento independente finalizado com financiamento coletivo, o grupo faz música à capela, imitando com as vozes sons de instrumentos – e vez por outra contam com o auxílio luxuoso de um pandeiro, um cavaquinho ou um kazoo.

Formado por André Miranda, Augusto Ordine, Leticia Carvalho, Luiza Sales, Maíra Martins e Marcelo Saboya, o Ordinarius ganhou fama nas redes sociais com seus arranjos criativos e vídeos bem humorados. Cantores experientes, os integrantes do grupo têm em comum a passagem pela graduação em música na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).

No disco o grupo foca o repertório em clássicos brasileiro com composições de Noel Rosa, Zequinha de Abreu, Waldir Azevedo, Pixinguinha, Villa-Lobos entre outros. As releituras incluem BrasileirinhoLinda florRosaTico tico no fubá e Tipo zero. Autores contemporâneos passam pelo disco, trazendo Vide Gal (composição de Carlinhos Brown), Baião de quatro toques (de José Miguel Wisnik e Luiz Tatit) e Um chorinho em Cochabamba (parceria do saxofonista Edu Neves com o violonista Rogério Caetano).

O uso da voz como instrumento é uma rica tradição que se mantém. Com humor, competência e talento, o Ordinarius faz um retrato de um Rio de Janeiro musical nesse CD. O repertório, focado no passado, mantém a jovialidade no bom humor e nas surpresas reveladas nos arranjos, quase todos assinados por Augusto Ordine.

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