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Sangue latino de Antonio Villeroy

O sangue latino de Antonio Villeroy baila em Samboleria, seu sétimo CD autoral. O cantor e compositor gaúcho utilizou uma plataforma de financiamento coletivo para gravar o álbum, que agora ganha lançamento pela Sony Music em toda América Latina.

Villeroy se vale da proximidade de seu Rio Grande do Sul natal com os países de língua hispânica, mas também de sua vivência no Rio nas onze faixas do disco (ainda completam o CD duas como bônus). Com ares de samba-rock sem perder o sotaque gaúcho, o artista assina sozinho No balanço do Bedeu. Também tem forte DNA de samba a parceria com Moraes Moreira na deliciosa Ponto com e sem.

Antonio Villeroy retoma a boa Fast folhinha, já gravada anteriormente por sua conterrânea Vanessa Longoni. Busca parcerias com o cubano Descemer Bueno (Nostalgia pasajera, já conhecida da trilha da novela Flor do Caribe) e com o colombiano Jorge Villamizar (Te vês tan bien), ambas cantadas em espanhol.

As participações também trazem molho para essa mistura de influências. Logo na faixa que batiza e abre o álbum apresenta a bela voz da cantora argentina Dolores Solá. O piano personalíssimo de João Donato está no bolero Uni duni tê, parceria dos dois – música que nasceu para bailar. A carioquíssima Mart’nália aparece em Germinal do samba, enquanto o americano Don Grusin participa de El guión, que compôs com Villeroy e Bebeto Alves.

Produção caprichada, Samboleria é disco muito bem resolvido. Apresentando uma boa coleção de inéditas, o próprio artista divide a produção com Berna Ceppas. Compositor com mais de 150 músicas gravadas e um bom número de hits, Antonio Villeroy escreve seu nome em uma crescente lista de artistas pop latinos, inclusive garantindo lançamento internacional do álbum.

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