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Valéria Lobão faz Noel Rosa com pianos

Quatro anos depois de um excelente disco de estreia, a cantora carioca Valéria Lobão lança seu segundo trabalho. Agora Valéria abraça a obra de Noel Rosa ao lado de 22 pianistas no álbum duplo Noel, Rosa, preto e branco.

A lista de convidados traz grandes músicos, sempre no mesmo estúdio, no mesmo instrumento e com a mesma captação. O título faz uma referência às teclas do instrumento, mas a cor especial fica na personalidade de cada pianista e no brilho da cantora segura e afinadíssima. Em nenhum momento o disco se torna monocromático. Muito pelo contrário: Valéria e seus convidados garantem o interesse ao longo dos dois discos. A ideia é simples, mas feita com tanta delicadeza e cuidado que se torna um diamante raro.

Valéria surpreende buscando composições menos conhecidas, caso de Julieta (com piano de Rafael Martini), Minha viola (com Leandro Braga) e Eu sei sofrer (com Eduardo Farias). Mas também relê em seu ambiente clássicos como Último desejo (com Carlos Fuchs, também produtor do álbum), Pastorinhas (com André Mehmari) e Pela décima vez (com o Duo Gisbranco) – essa com participação da cantora Mariana Baltar.

Outras vozes também passam pelo álbum. Sempre elegante Joyce Moreno aparece em Só pode ser você (com piano de Rafael Vernet), Marcelo Pretto na divertida E não brinca não (com Claudio Andrade), Nina Wirtti em Eu sei sofrer (com Eduardo Farias), e João Cavalcanti e Moyséis Marques se encontram em Eu vou pra Vila (com Cristóvão Bastos).

Finalizado com uma bem sucedida campanha no site Catar.se, Noel, Rosa, preto e branco é trabalho belo e sofisticado. Valéria Lobão mantém o alto nível do primeiro disco, descobrindo novidades na obra de Noel Rosa e buscando uma nova maneira para cantar os clássicos.

 

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