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Zeca Baleiro lança livro e CD infantil

Múltiplo, Zeca Baleiro se espalha em projetos e shows diversos. Criativo e inquieto lança quase simultaneamente o livro A rede idiota e outros textos, reunindo crônicas publicadas em jornais e revistas, e Zoró volume 1 – bichos esquisitos, com parte de seu repertório infantil.

Ainda no Maranhão, aos 18 anos, Zeca assinou trilha sonora para peças infantis. Com o nascimento dos filhos voltou a compor para eles. E é esse repertório que ganha edição no primeiro volume dessa saga. Esse CD – que em breve será também editado em DVD com animação – faz uma viagem por um zoológico divertido. Com sua habitual verve de letrista, cria delícias como O ornitorrincoMorcego sanfoneiroTubarão que toca tuba e Canção para ninar rinocerontes.

Com produção de Guilherme Kastrup, o álbum traz diversas participações relevantes. A turma do Baleiro junta Fernanda Abreu (Joaninha dark), Tom Zé (Dona Libélula), Blubell (sempre especial em Minhoca dorminhoca), Carlos Careqa (Coruja neném), MPB-4 (O hipopótamo) e as irmãs Alzira e Tetê Espíndola (Urso polar). O produtor aparece com Natália Matos em Tatu tá?, MC Gaspar é convidado em Pula, canguru, Landau em Tigre de bengala, Wado em Peixe-elétrico, Turma da Paçoca em Macacada e Walter e seu filho Diogo Franco chegam quase no final com A tartaruga com um relógio em cima do casco.

O disco é divertido e engraçado, a poesia de Zeca Baleiro torna o conteúdo interessante para pais e filhos. Em 2015 os bichos esquisitos de Zeca Baleiro ganham versão em DVD com animações assinadas por artistas brasileiros e um argentino. Adiantando o projeto, Zeca Baleiro publicou no Youtube os vídeo das música Onça pintada, com animação de Marco Faria.

Pouco antes Zeca Baleiro lançou o livro A rede idiota e outros textos. Com prefácio escrito pelo parceiro Chico César, o livro traz crônicas com a mesma veia crítica e humorada que faz a obra musical de Baleiro. Os textos foram publicados anteriormente por revistas como Istoé, Piauí, e jornais como Folha de São Paulo e Correio Braziliense, além de outros inéditos. Neles Zeca toca em assunto do cotidiano, sociedade e, claro, música.

Sempre atento a seu tempo, Zeca Baleiro se multiplica com obra multimídia sem descuidar da qualidade. Esses dois novos trabalhos, a princípio tão distantes mas na verdade bem próximos, valorizam e diversificam a obra do artista que não se limita.

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