O mestre Caçulinha comemora seis décadas de uma linda história em um álbum recheado de convidados. Lançado pela Kuarup, “60 anos de música” tem produção de Thiago Marques Luiz e doze vozes em participações especiais.
Gravado ao vivo no Teatro Itália, no centro de São Paulo, em novembro de 2019, o álbum abre com o canto perfeito de Mônica Salmaso em “Contrato de separação”. Segue o jovem brilhante Ayrton Montarroyos em “Estrada do Sol”, Daniel em “Fogão de lenha”, Sérgio Reis em “Deusa da minha rua” e “O menino da porteira”. Wanderléa aparece no medley que junta “A saudade mata a gente” e “Felicidade”. Agnaldo Rayol canta “Começaria tudo outra vez” e Claudette Soares chega em “Encontro com a saudade”.
Simoninha homenageia o pai com o clássico “Sá Marina”. A classe de “La vie em rose” ganhou a voz de Zé Luiz Mazziotti. Wanda Cavalheiro está em “Quem me levará sou eu” enquanto Thobias da Vai Vai traz um medley com clássicos de Ataulpho Alves: “Na cadência do samba”, “Atire a primeira pera” e “Ai que saudades da Amélia”. O anfititrião/homenageado mostra sua versatilidade em dois números instrumentais: “Waltz por Debby”, de Bill Evans, Lees Gene e Beppe Wolgers, e no final em “Sufixo”, composição do próprio Caçulinha, tema que ficou marcado pelo sucesso da série “Sai de Baixo”.
Aps 80 anos de idade Caçulinha é um artista de carreira ímpar, tendo tocado ao lado de ídolos de diversas gerações. A versatilidade do artista o levou a comandar por mais de 20 anos a banda de apoio que se apresentava no programa “Domingão do Faustão”. Sua importância na música brasileira ainda merece ser melhor avaliada, como prova esse álbum de história, música e afeto.
