Depois de quase 30 anos sem um disco inédito, a cantora Eliana Pittman lança o CD “Hoje, ontem e sempre”. Produzido por Thiago Marques Luiz e lançado pela Kuarup, o álbum vem com um luxuoso bônus: registros cheio de suingue de um show realizado em 1970 em Paris.
Ao contrário do último trabalho que apostava em releituras dançantes com sotaque eletrônico, o novo álbum vem em formato acústico: voz, violão e percussão. Passam clássicos brasileiros de várias épocas como “O morro não tem vez”, “Drão”, “Preciso me encontrar” e “Preciso dizer que te amo”. A surpresa fica na inclusão de um pagode de sucesso,”Gamei”, e de uma composição do argentino Fito Paez, “Yo vengo a ofrecer mi corazón”. A interpretação de Eliana é a ponte que liga um repertório amplo, guiado pelo prazer de cantar.
As oito faixas do generoso bônus trazem uma gravação inédita de show realizado em 1970 por Eliana na Boate Don Camilo em Paris. Fazendo uma verdadeira festa com clássicos da bossa cheios de suingue, Eliana encanta os franceses com músicas como “O pato”, “Desafinado”, “Ponteio” e “Garota de Ipanema”. No ano passado o produtor havia descoberto outra fita, gravada na boate Porão 73 com Eliana e seu pai – o lendário saxofonista Booker Pittman. O material teve lançamento em edição limitada em vinil e nas plataformas digitais.
A edição em CD do novo álbum vem acompanhado de um extenso encarte com fotos históricas da trajetória de Eliana. Com imagens de seu acervo particular, a cantora mostra cenas de bastidores, de gravações, ensaios, shows, apresentações em TV e entre os pais. As fotos contam um pouco da história de Eliana, que levou a música brasileira para diversos países. Os detalhes da trajetória ficam para a biografia que a cantora está preparando ao lado do pesquisador musical Daniel Saraiva.
Sinônimo de alegria, com simpatia marcante e um nítido prazer em estar em cena, Eliana retoma nesse final de década a carreira com novidades, apresentações e encontros. Como diz no texto que publicou no encarte, comemora seus 50 anos de carreira com 8 anos de atraso. O tempo é um detalhe, os bons artistas são eternos. Quem já assistiu ao vivo sabe: ela é dona de seu palco. Hoje, ontem e sempre.