Com repertório colhido de suas lives na madrugada, o cantor e compositor mineiro Hugo Branquinho lança “Mantra”. O álbum é uma iniciativa do DJ Zé Pedro para seu selo Jóia Moderna. Os dois dividiram o processo de seleção das músicas gravadas em formato voz e violão.
Hugo criou seu espaço e acalenta seu público com lives diárias durante a madrugada em suas redes sociais. O relacionamento com seu filho pequeno também rendeu uma série de divertidas lives infantis que esbanja fofura colocando crianças de todo o país para cantar. Além disso Hugo se tornou presença fixa – e requisitada – no delicioso Karaokê da Véia, comandado pelo sempre animado Zé Pedro. Com essa agenda, talento e carisma, Hugo vê seu público crescer e sua voz doce vai mais longe.
Os artistas assumiram durante a pandemia um papel muito bonito e importante. Oferecendo arte e afeto em suas lives cuidam da saúde mental, alimentam a alma e ajudam levando alegria para quem respeita as regras e fica em casa. A arte se reinventa, mostra sua força e conecta as pessoas. Em um país que vem sistematicamente atacando seus ídolos essa fase mostrou ainda mais a importância da classe artística: seja no puro entretenimento, seja na cultura, seja na conscientização.
O “Mantra” de Hugo Branquinho é disco simples, mas que toca na alma. A serenata promovida pelo artista tem sua voz, seu violão e um punhado de hits do inconsciente coletivo. Busca desde a inesquecível “Muito estranho”, de Dalto e Claudio Rabello, até “A lua que te dei”, belíssima canção de Herbert Vianna que ficou conhecida com Ivete Sangalo. Sem deixar de passar pelas inevitáveis “Como é grande o meu amor por você” e “Fascinação”.
Única canção inédita, “Teu por inteiro (mantra do amor)” de Hugo, abre o disco e já rendeu clip. Prepara o caminho para duas pérolas pop irresistíveis: “A estrada” e “Palpite”. Passam ainda músicas como “Românticos”, “Noites com sol”, “Casinha branca” e “Gostava tanto de você”.
Quem estiver chegando pelas lives ou fisgado por esse disco de hits pode aproveitar o gancho e seguir ouvindo o excelente “Embrião”, disco que Hugo lançou em 2003 e tem participação especial de Milton Nascimento.
“Mantra” é registro cheio de afeto dessa fase difícil. Música que aproxima, acolhe e junta pessoas que estão em isolamento.