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O amor, a vida e o caos por Zeca Baleiro

Zeca Baleiro é artista inquieto: em cena canta, traz suas composições e roda o país com shows. Nos bastidores produz, cria e desenvolve projetos paralelos, busca parcerias, flerta com teatro e cinema… quando tem um punhado de boas canções junta tudo em um álbum. Ou em dois, como aconteceu entre 2008 e 2009. Como acontece agora. “O amor no caos volume 1” chegou nesse início de maio de 2019 enquanto a continuação está prevista para o segundo semestre. Além das plataformas digitais os dois discos também vão ganhar edições em CD e vinil.

Revelado na década de 90 – com a indústria ainda sob o domínio das grandes gravadoras – o mercado independente foi o caminho para Zeca Baleiro dar vazão para suas idéias. Por seu selo Saravá Discos gravou artistas regionais, produziu nomes que admira e promoveu relançamentos fora do radar das companhias. O selo agora é também plataforma de distribuição da própria obra, livre de regas de mercado e lógicas comerciais.

“O amor no caos” é um disco de banda. Zeca se cercou de parceiros como Adriano Magoo (pianos e acordeon), Fernando Nunes (baixos), Tuco Marcondes (guitarras, violões e tambura), Pedro Cunha (teclados) e Kuki Stolarski (bateria e perussão). A primeira leva revela onze músicas (três das quais já haviam sido lançadas como single). O álbum tem parcerias com Celso Borges, Dany Lopez, Paulinho Moska. Cynthia Luz, Joãozinho Gomes, Frejat, Fernando Abreu e Rincon Sapiência.

Entre inspiradas baladas pop românticas (o amor) e crônicas do cotidiano, Zeca toca em assuntos sociais bem atuais (o caos) em “O linchador”: “Bati um pouco sim / O calor do momento / Qualquer pai de família faria”.  O álbum abre a válvula da pressão lembrando “Não se desespere, levante, siga em frente… / Se lembre que… / Todo Super Homem tem seu dia de Clark Kent”. No final sonha em “Outra canção do exílio”: “Não permita Deus que eu morra sem que eu volte / Pra perto do menino que fui”.

O último álbum de carreira de Zeca Baleiro é de 2016. Mas os três anos que separam os dois projetos não foram sabáticos: nesse meio tempo o artista lançou três volumes de sua coleção “Arquivo” e o projeto infantil “Zureta”. Tudo isso conciliando com a agenda de shows pelo país.

O bom repertório de “O amor no caos” nasceu nesse meio tempo e chega ao público em pleno caos brasileiro de 2019 lembrando os papéis fundamentais dos artistas: entreter, alertar, ensinar, mostrar as asas e fazer voar.

 

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One thought on “O amor, a vida e o caos por Zeca Baleiro

  1. nana.baleira@gmail.com disse:

    Fico feliz por este trabalho lindo e perfeito como são todos os seus projetos, que fazes com amor e alma! Agradeço a Deus por tua vida família e por ter tido a oportunidade de te conhecer e seguir o seu sucesso, que o Senhor te abençoe sempre 🙏🙌😍😍😍

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