Cinco meses depois de apresentar a primeira leva de novidades, Zeca Baleiro lança “O amor no caos volume 2”, novo álbum autoral. Editado pelo seu próprio selo Saravá Discos, esse volume traz um Zeca mais acústico, menos pop que o primeiro. Os dois volumes conversam, mas funcionam separados. Identidades distintas, personalidades próprias na mesma família.
Sua verve afiadíssima para compor canções já é comprovada e conhecida. Nesses mais de 20 anos de extensa exposição nacional (e põe na conta mais aí uns dez de carreira independente), Zeca emplacou sucessos em sua voz e com outros intérpretes. Sua criação é inquieta e plural, daí o artista se multiplicar em diversos projetos para dar vazão ao repertório de ideias.
O segundo volume de “O amor no caos” traz nove músicas novas, sendo que somente em duas estabelece parcerias: “Eu chamo de coragem” assina ao lado do compositor maranhense Marcos Magah, enquanto em “Rondel” criou música em cima de poema do francês Tristan Corbière, cantada ao lado da portuguesa Susana Travassos e com desenhos das cordas da St. Petersburg Studio Orchestra (também presente na bela “Tomie Ohtake”, que fecha muito bem esse volume).
Mais participações chamam atenção no álbum. Cantora que fez sucesso em vias alternativas na década de 80 e segue em atividade, Diana Pequeno é bem vinda surpresa em “Canção da chuva”, sua voz entra com tapete vermelho. Tatiana Parra aparece em “Riverside road”, enquanto Jade Barbalho está em “Quando cheiro flores”.
Décimo segundo título em uma discografia cortada por constantes projetos paralelos, “O amor no caos volume 2” soma belas canções assinadas pelo artista de produção sempre rica.
Identificação desde o primeiro acorde que ouvi .