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Sérgio Santos mostra como são bonitas as canções

O título do nono álbum do cantor e compositor mineiro Sérgio Santos é afirmativo e certeiro: “São bonitas as canções”. Lançado pela Kuarup, esse é o primeiro disco autoral de Sérgio Santos, que até então só havia gravado a própria obra.

A delicadeza do álbum grita. Contraponto em tempos de ódio nas ruas, de música de consumo rápido, de artistas recicláveis que não duram a próxima estação. “São bonitas as canções” é desses discos atemporais.

O time é campeão. A belíssima e segura voz de Sérgio está ao lado do piano de André Mehmari, do contrabaixo de Roldofo Stroeter, dos sopros de Nailor Proveta e da bateria de Tutty Moreno. Juntos passeiam por repertório de Chico Buarque, Edu Lobo, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Tom Jobim, Dori Caymmi entre outros. Passam clássicos como “Choro bandido”, “Preciso aprender a só ser”, “Saia do caminho”, “Linda flor” e “Falando de amor” (com citação ao “Tema de amor de Gabriela”).

As duas últimas faixas ficam em casa. “Apenas o mar” é uma parceria de André Mehmari com o poeta português Tiago Torres da Silva. Fechando o disco a celebrada parceria de Sérgio com Paulo César Pinheiro está de volta na belíssima “Nenhum adeus”.

No tempo da delicadeza Sérgio Santos desfila canções eternas em arranjos que assinam compromisso com a beleza. São bonitas as canções e as interpretações.

 

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