Festejando seus 70 anos o guitarrista, cantor e compositor Cláudio Jorge lança o álbum “Samba jazz, de raiz – Claudio Jorge 70”. Editado pelo selo Mills Records, o disco traz repertório totalmente autoral com farta oferta músicas inéditas e participações de Frejat, Mauro Diniz, Ivan Lins, Fátima Guedes entre outros.
Logo na música que abre (muito bem) e batiza o disco, Claudio Jorge manda seu recado: “Vou pedir passagem pra explicar meu samba / É tipo samba jazz, mas ele tem raiz / Se liga nesse toque, o rótulo proclama / É a linguagem africana, assim a história diz”. Se a letra ajuda a definir o conceito, a música já explicou tudo para quem ouve. Quem conferir os créditos ainda vai ver que a bateria nessa faixa foi gravada pelo mestre Wilson das Neves, que faleceu em 2017 mas deixa aqui seu ritmo pulsando nessa e em “Curiosidade”, parceria dos dois.
Segue envolvente. A gafieira dá o tom de “Denise”, com sacadas e rimas bem humoradas da parceria com Nei Lopes e o sax de Humberto Araújo. O disco é repleto de participações afetivas. Ivan Lins (piano) e Fátima Guedes (voz) estão em “Você pra mim, eu sou pra você”, parceria de Claudio e Ivan que fecha o álbum homenageando o produtor Paulinho Albuquerque. Antes porém passa Frejat, voz e guitarra em “Trem da central”. Itamar Assiere no piano de “Vai ser bom ser sempre assim” e Kiko Horta com seu acordeom em “Paixões imortais”. O mestre Mauro Diniz divide microfone com Claudio Jorge em “Doce realidade” festejando a Portela.
A festa de Claudio Jorge é na elegância do samba-jazz. O suingue irresistível de sua música é o guia das 15 faixas autorais do álbum.