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Claudio Lins veste personagens e mostra obra em novo show

Os papéis de cantor, ator e compositor se misturam, estão juntos em Claudio Lins. Em seu novo show, “Estórias pra quem (ainda) olha pro céu”, os limites – que na verdade nunca existiram – estão ainda mais entrelaçados.

Com um roteiro que faz uma viagem por suas composições criadas para peças de teatro com músicas que dialogam com literatura ou serviram para ilustrar tramas de novela, Claudio Lins leva o público para uma viagem por sua própria obra – que vai além dos dois CDs lançados. Acompanhado pelo piano de Hebert Souza, o show é um pocket musical com roteiro e personagens que costuram o repertório da viagem que segue estrada em paralelo ao show “Expresso brasileiro”.

O novo passeio começa com “Cegueira”, composição que fez inspirada na obra de Saramago. Link para falar dos Dzi Croquetes em “Tá boa santa?”, da trilha do documentário sobre o grupo revolucionário que enfrentou a ditadura, a censura e o preconceito. O roteiro segue pelas músicas que compôs para sua versão para o clássico “O Beijo no asfalto”, de Nelson Rodrigues. Abordando assuntos atuais como homofobia e fake news, Claudio recria personagens da peça e conta a história através das músicas. A viagem chega até o herói nacional Ayrton Senna, personagem de musical escrito por Claudio ao lado de Cristiano Gualda e leva para a divertida música que fez para a peça “Randevu do avesso”, que se passa dentro do corpo de uma cantora decadente.

Ao piano Claudio Lins mostra “Cupido”, tema romântico que fez parte de duas trilhas sonoras de novelas, uma com o próprio Claudio (em “Uma rosa com amor”) e outra com Maria Rita (“Avenida Brasil”). Entrelaça com “Por toda vida”, que esteve na trama da novela “Ciranda de Pedra”.

Para o bis pede licença para sair do roteiro de trilhas mas sem se afastar dos assuntos atuais e mostra a inédita “Sozinha é bom”, composição empoderada e feminista que estreia parceria dele com Zélia Duncan.

Claudio Lins sempre foi um artista múltiplo. Ainda criança estreou no teatro musical ao lado da mãe Lucinha Lins enquanto gravava backing em grandes sucessos de seu pai, Ivan Lins. Alternando papéis no teatro e na TV com show  e composições, agora junta tudo e ressignifica a obra  nesse espetáculo que mostra sua música de forma mais ampla. O show estreou no Centro da Música Carioca, no Rio, e seguiu para o Teatro da UFF em Niterói.

Passando por tramas e histórias diversas, conversando com literatura, teatro, cinema e TV, “Estórias pra quem (ainda) olha pro céu” segue seu próprio e interessante roteiro.

 

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