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Marcelo Costa faz festa de ritmos com amigos

Percussionista com 45 anos de carreira e extensa ficha de serviços prestados a dezenas de grandes nomes da música brasileira, Marcelo Costa lança seu álbum “Volume 1” pela Biscoito Fino. Planejado inicialmente para comemorar seus 25 anos de carreira, o disco vira realidade vinte anos depois preservando as surpresas.

A ficha de convidados impressiona: Caetano Veloso, Gal Costa, Caçulinha, Adriana Calcanhotto, Eveline Hecker, José Miguel Wisnik, Lulu Santos, Péricles Cavalcanti, Jaques Morelenbaum, Toninho Horta, Boca Livre, Trio Madeira Brasil entre outros. E ainda ficou gente de fora. Em suas redes sociais – que refletem seu bom humor conhecido nos bastidores – o músico já adiantou que o segundo volume já está engatilhado com outros convidados.

Esse primeiro volume foi quase todo gravado entre 1994 e 1999. A única exceção fica com “Na cadência do samba” que ganhou a interpretação do próprio anfitrião em duo com o trombone de Everson Moraes. Caetano Veloso abre o disco com “Meu bom”, composição de um xará de Marcelo que fez sucesso entre o final da década de 70 e início dos 80. O clássico de Noel Rosa e Vadico “Feitiço da Vila” traz Caetano de volta no meio do álbum. E, como autor, aparece na faixa bônus “Variações sobre Coraçãozinho”, com Jaques Morelenbaum e Orquestra.

Dedicado a Cyro Monteiro e Elizeth Cardoso, “Beija-me” ganha doce balanço na voz de Gal Costa e no teclado de Caçulinha – ele estava na gravação de Elizeth e Cyro em 1966 que inspirou esse número e resgata a sonoridade da época. Na praia tropicalista Lulu Santos gravou “Ele falava nisso todo dia”, pérola composta por Gilberto Gil e aqui com novos ares de rock, guitarra e bateria fortes na frente.

O samba “Alegria” junta em embalagem de luxo os vocais do Boca Livre, os violões do Trio Madeira Brasil e a percussão de Lan Lanh. Adriana Calcanhotto canta “Do fundo do meu coração”, que já gravou também com o autor Erasmo Carlos, aqui só com seu violão e a percussão de Marcelo. O álbum é uma série de surpresas, que inclui ainda a rara presença de Toninho Horta em “Igreja do Pilar”, que junta também o baixista Yuri Popoff

Um disco que respira no ritmo do afeto nos encontros. Marcelo Costa tem trânsito livre e sinal verde para promover essa festa entre amigos e parceiros. “Volume 1” conta dessa história e deixa no ar o gostinho para os próximos.

 

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